sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Restituição do PIS e da Cofins cobrados ilegalmente pelas operadoras de telefonia fixa

É ilegal o repasse do PIS e da Cofins nas faturas telefônicas

A 2ª Turma do STJ consolidou entendimento no sentido de que o repasse dessas alíquotas ao consumidor configura “prática abusiva” e que as concessionárias devem encerrar a cobrança e ressarcir seus clientes.

Mesmo com a pacificação da jurisprudência, as concessionárias não suspenderam o repasse indevido “valendo-se da fraqueza e da ignorância do consumidor, utilizando a técnica do ‘se colar, colou’”, nos dizeres do Ministro Herman Ben

jamin (REsp 1.053.778).

Somente através de ação judicial é possível pleitear a suspensão da cobrança e a devolução dos valores cobrados indevidamente dos últimos 10 anos. O valor repassado equivale, em média, a 5% do valor da conta e deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de mora.

Todos os assinantes de telefones fixos, pessoas jurídicas ou físicas, têm direito a pleitear o encerramento da cobrança e a restituição do valor cobrado indevidamente.

Para os assinantes pessoas físicas, os documentos necessários, são: uma cópia da Carteira de Identidade, do CPF e da última conta telefônica paga.
Para as pessoas jurídicas, cópia do contrato social, cópia da Carteira de Identidade e do CPF do representante legal e cópia da última fatura telefônica paga.

Mesmo que o telefone já esteja desativado, o assinante poderá pleitear a devolução.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

The Outsider - Colin Wilson (em inglês)


"O que, a bem dizer, caracteriza o Outsider, é a sensação de estranheza, de irrealidade. (...). É essa a sensação de irrealidade que nos pode atingir como um raio caído de um céu perfeitamente azul. (...). Barbusse nos mostrou que o Outsider é um homem que não pode viver no mundo protegido e confortável da burguesia, aceitando como realidade o que vê e toca. "Ele vê muito fundo, e demais", e o que ele vê é o caos."

"O Outsider é alguém que despertou para o caos."

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Quem vê a cara, vê o ladrão.

É preciso comentar?

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Além do Cidadão Kane - Documentário BBC Londres


Um documentário imperdível e muito (mas muito mesmo) esclarecedor!!!

Uma visão original, isenta, nua e crua, sobre as promíscuas relações da TV Globo - coordenadas e encabeçadas pelo "jornalista" (se é que merece esse título) Roberto Irineu Marinho - com as diversas expressões que dominaram a arena política brasileira.

A pedido das Organizações Globo, por ordem judicial, a exibição desse documentário foi proibida em terras tupiniquins desde sua estreia em 1993!

Não adianta procurar nas locadoras!

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Zeitgeist Addendun - Legendado em Português



Imperdível!!!

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Zeitgeist - Legendado em Português


Essencial!!!!

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde









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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Elomar Figueira Mello o verdadeiro menestrel do agreste



Programa Ensaio da TV Cultura
Música: O Violêro

Vô cantá no canturi primero
as coisa lá da minha mudernage
qui mi fizero errante e violêro
eu falo séro i num é vadiage
i pra você qui agora está mi ôvino
juro inté pelo Santo Minino
Vige Maria qui ôve o qui eu digo
si fô mintira mi manda um castigo
Apois pro cantadô i violero
só hai treis coisa nesse mundo vão
amô, furria, viola, nunca dinhêro
viola, furria, amô, dinhêro não
Cantadô di trovas i martelo
di gabinete, ligêra i moirão
ai cantadô já curri o mundo intêro
já inté cantei nas prtas di um castelo
dum rei qui si chamava di Juão
pode acriditá meu companhêro
dispois di tê cantado u dia intêro
o rei mi disse fica, eu disse não
Si eu tivesse di vivê obrigado
um dia inantes dêsse dia eu morro
Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro
já vi iscrito no Livro Sagrado
qui a vida nessa terra é u'a passage
i cada um leva um fardo pesado
é um insinamento qui derna a mudernage
eu trago bem dent' do coração guardado
Tive muita dô di num tê nada
pensano qui êsse mundo é tud'tê
mais só dispois di pená pelas istrada
beleza na pobreza é qui vim vê
vim vê na procissão u Lôvado-seja
i o malassombro das casa abandonada
côro di cego nas porta das igreja
i o êrmo da solidão das istrada
Pispiano tudo du cumêço
eu vô mostrá como faiz o pachola
qui inforca u pescoço da viola
rivira toda moda pelo avêsso
i sem arrepará si é noite ou dia
vai longe cantá o bem da furria
sem um tustão na cuia u cantadô
canta inté morrê o bem do amô.

Glossario:
Furria: Folia, alegria, farra
Apois: Então, pois
Hái: Há
Lijêra e Moirão: Gêneros de cantoria

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Xangai e Elomar Figueira - Curvas do Rio (música e letra de Elomar Figueira Mello)



E o Elomar Figueira limpando as unhas dos pés com um canivetim...

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Elis Regina - Se eu Quiser Falar com Deus (música e letra de Gilberto Gil)



Sem comentários!

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Help Desk da Net é isso aí!

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Pescar Truta na América - Um Livro de Richard Brautigan (PARTE 3 - Bate na Madeira - Segunda Parte)

BATE NA MADEIRA (SEGUNDA PARTE)

Numa tarde de primavera, quando criança na estranha cidade de Portland, cheguei a uma esquina diferente e vi um corredor de casas velhas encostadinhas umas nas outras como focas num rochedo.
Depois vi um campo comprido descendo de um morro. O campo era coberto de capim verde e de arbustos. No alto do morro havia um renque de árvores altas e escuras. Vi também uma cachoeira se despejando morro abaixo. Era comprida e clara, e quase cheguei a sentir os borrifos frios.
Deve haver um riacho lá, pensei, e ele deve ter truta.
Truta.
Finalmente uma oportunidade de pescar truta, de pegar minha primeira truta, de contemplar Pittsburgh.
Já escurecia. Não tive tempo de ir ao riacho. Voltei para casa, passando pelos bigodes de vidro das casas, que refletiam o despejar das cachoeiras da noite.
No dia seguinte eu iria pescar truta pela primeira vez. Levantaria cedo, tomaria café, e zaz. Eu tinha ouvido dizer que a melhor hora de pescar truta é de manhã cedo. A truta fica melhor. De manhã elas têm algo de especial. Fui para casa me preparar para pescar truta na América. Eu não tinha os apetrechos, por isso precisei improvisar.
Como piadas.
Por que a galinha atravessou a estrada?
Entortei um alfinete e o amarrei na ponta de um cordão branco.
E fui dormir.
Na manhã seguinteacordei cedo e tomei café. Peguei um naco de pão branco para servir de isca. Minha intenção era fazer bolinhas do miolo para pôr no meu anzolzinho vodevilesco. Saí e fui andando até a esquina diferente. Como era lindo o campo e também o riacho que vinha se despejando do morro em cacheira.
Quando cheguei perto do riacho, vi que alguma coisa não estava certa. O riacho não estava agindo direito. Havia qualquer coisa estranha nele. Alguma coisa no movimento dele me invocava. Cheguei mais perto para ver o que era que estava acontecendo.
A cachoeira era apenas um lance de degraus de madeira branca que levava a uma casa entre as árvores.
Fiquei ali muito tempo, olhando para cima e para baixo, acompanhando os degraus com os olhos, sem poder acreditar.
Aí bati no meu riacho e ouvi o ressoar de madeira.
Acabei sendo eu mesmo a minha truta e comendo o nado de pão.

A Resposta de Pescar Truta na América:

Eu nada podia fazer. Não podia transformar um lance de degraus num riacho. O rapaz voltou para o lugar de onde viera. O mesmo aconteceu comigo uma vez. Foi quando tomei uma velha por um riacho de truta em Vermont, e tive de pedir desculpas.
- Desculpe - eu disse - Pensei que a senhora fosse um riacho de truta.
- Não sou - ela disse.


(continua)

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Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki? - Arnaldo Baptista



Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?
Sou malandro velho
Não tenho nada com isso

A gente andou
A gente queimou
Muita coisa por aí
Ficamos até mesmo todos juntos
Reunidos numa pessoa só
Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?
Eu sou velho mas gosto de viajar por aí
Cilibrina pra cá
Cilibrina pra lá
Eu sou velho, mas gosto de viajar...

Cê tá pensando que eu sou loki, bicho?
So malandro velho
Não se mete no enguiço

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domingo, 2 de agosto de 2009

Tudo - por Almapto Anicor

Tudo!
Grande coisa.
Uma parte,
Não é nada.

Quando nada é tudo,
Quero tudo.
Quando tudo é nada.
Quero nada.

Nada tenho,
Tenho tudo.
Quero nada,
Nada tenho.

Tudo ou nada!
Grande coisa.
Uma parte,
Não é nada.

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Um Terroristinha - por Almapto Anicor

A idéia é dum cara que conheci por acaso - sei lá, vai ver ele tava querendo me sacanear... ou é louco mesmo. Um terroristinha (e isso é sério).

A janela da sala desse sujeito dava pra lateral da Catedral e sempre tinha uns padres (às vezes o próprio bispo), políticos e canas passeando de um lado pro outro.

Naquele dia, na janela, a gente fumava um baseado quando o cara veio com a seguinte conversa: "é sério criança - ele chamava todo mundo de criança -, vô mandá uma carta pro IRA ou pro Resbolah e vô pedi pra eles me ensinarem como ser um terrorista."

"Meu Deus", pensei, "tái o loco!"

Argumentei, só pra chatear: "Cara, cê nunca viu televisão, não. Terrorismo dá cadeia, tiro, morte... é foda. Não é brinquedo não."

E ele: "criança... cê viu os 12 Macacos?"

"Vô solta os bicho na Catedral!"

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Manual de Civilidade Destinado às Meninas para uso nas Escolas - de Pierre Louÿs


O original, em francês (Manuel de civilité pour les petites filles à l'usage des maisons d'éducation), foi escrito em 1917, mas publicado somente em 1927.

Pierre Louÿs fez uso da paródia para ironizar e criticar o puritanismo da belle-époque. Seu modelo foram os livros de educação moral da época (os handbooks civility ou pequenos manuais de civilidade).

Duas lições, extraídas do Pequeno Manual de Civilidade, adotado pelo Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro, no início da década de 60, servem como exemplo da fórmula adotada:

"São inconvenientes, não só em sociedade como em toda parte, os trejeitos com as bochechas e o nariz; assim também são detestáveis pigarrear, fungar, rosnar, roncar, etc.: todos estes ruídos devem ser absolutamente evitados" e

"É repugnante e intolerável ver uma pessoa, criança ou não, introduzir os dedos no nariz."

Pierre Louÿs é conhecido como o escritor que "expressou a sensualidade pagã com perfeição de estilo". Poeta e romancista clássico, influenciado pelo parnasianismo, teve importantes obras publicadas, dentre elas: Aphrodite, Les Chansons de Billitis, La Femme et le Pantin, Psiché e Les Trois Filles de leur Mère.

Muitas de suas obras foram objeto de culto pelo movimento feminista, especialmente, Aphrodite e Les Chansons de Billitis.


Desenho de Henry Bataille (êtes et Pensées; 1901, Paris, Bibliothèque de l'Arsena)


Algumas das lições de Pierre Louÿs:

"Se disserem que o homem distingue-se do símio pelo fato de ele não ter cauda, não proteste afirmando que ele tem uma."

"Entre os principais verbos da segunda conjugação, é inútil citar foder, eu fodo, eu fodia, eu foderei, que eu foda, fodendo, fodido. A conjugação deste verbo é interessante, mas a repreenderão antes por conhecê-lo do que por ignorá-lo."

"Durante o sermão se o pregador parecer crer na 'pureza das meninas cristãs', não se ponha a explodir em risos."

"Não entre num cabelereiro pedindo-lhe ousadamente para frisar-lhe os pentelhos do cu."

Não diga: 'Entre as refeições só bebo porra.' Diga: 'Sigo uma dieta especial.'"

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sábado, 1 de agosto de 2009

Pescar Truta na América - Um Livro de Richard Brautigan (PARTE 3 - Bate na Madeira - Primeira Parte)

BATE NA MADEIRA (PRIMEIRA PARTE)

Quando foi mesmo, em criança, que ouvi pela primeira vez falarem em pescar truta na América? Deve ter sido um padrasto meu.
Verão de 1942.
O velho bêbado me falou de pescar truta. Quando ele podia falar definia a truta como se ela fosse um metal precioso e inteligente.
Prata não é bom adjetivo para definir o que senti quando ele me falou de pescar truta.
Vamos acertar isso.
Talvez aço truta. Aço feito de truta. O claro rio nevado no papel de fundição e calor.
Pensem em Pittsburgh.
Um aço que vem da truta, usado para prédios, trens e túneis.
O Andrew Carnegie da Truta!
A Resposta de Pescar Truta a América:
Me lembro com alegria, pessoas de chapéus de três bicos pescando ao amanhecer.



(continua...)

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Para Marcelo, com saudades: Joy Division - Athmosphere

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Joy Division - First Tv Appearance

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Circo - por Almapto Anicor

O circo

O mundo é um circo
Cheio das atrações mais maravilhosas.
O nascer e o morrer.
O crescer e o fenecer.
O sol e a lua.
O dia e a noite.
O início e o fim.
A sonho do picadeiro
E a mágica do arco-iris.

Mesmo a mais fina poeira
Contém as maiores aventuras.
A imaginação duma criança,
Que mesmo adulta,
Cria o sol e a lua.
D’um arco-íris
Feito das mais finas partículas
D’ouro e de chuva,
D'água mais pura.
É o sonho do circo
E a mágica da vida.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Classe Média (Max Gonzaga e Banda Marginal) - Esse clip você não vai ver na MTV

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Pescar Truta na América - Um Livro de Richard Brautigan (PARTE 2 - A Capa de Pescar Truta na América)

A CAPA DE PESCAR TRUTA NA AMÉRICA

A capa de PESCAR TRUTA NA AMÉRICA é uma fotografia da estátua de Benjamin Franklin na Washington Square de San Francisco, tirda de tarde.
Nascido em 1706 e falecido em 1790, Benjamin Franklin está em um pedestal que mais parece uma casa guarnecida com móveis de pedra. Numa mão ele segura uns papéis, na outra o chapéu.
A estátua fala, na sua linguagem de mármore:
Doada por
H. D. Cogswell
A nossos
Meninos e meninas
Que logo tomarão
Nossos lugares
E passarão.
Em volta do pé da estátua, quatro palavras, voltada cada uma para os rumos do mundo, dizem a leste BEM-VINDO, a oeste BEM-VINDO, ao norte BEM-VINDO, ao sul BEM-VINDO. Bem atrás da estátua tem quatro choupos, quase sem folhas a não ser nos galhos altos. A estátua fica na frente da árvore do meio. Em toda a volta a grama está molhada das chuvas do começo de fevereiro.
Ao fundo fica um cipreste alto, escuro como um quarto, quase. Adlai Stevenson discursou debaixo dessa árvore em 1956 para 40.000 pessoas.
No lado oposto à estátua tem uma igreja alta, com cruzes, torres, sinos e uma porta enorme, parecendo a entrada de um baita buraco de rato, talvez de um desenho de Tom e Jerry, e acima da porta as palavras "Per L'Universo".
Por volta das cinco horas da tarde da minha capa para Pescar Truta na América, gente se reunia no parque do outro lado da rua da igreja, gente faminta.
Eles não podem atravessar a rua enquanto não for dado o sinal. Aí todos correm para a igreja e pegam seus sanduíches embrulhados em jornal e vêem de que trata o sanduíche.
Uma tarde um amigo meu desembrulhou o seu sanduíche, olhou dentro e encontrou apenas uma folha de espinafre. Mais nada.
Foi Kafka que conheceu a América lendo a autobiografia de Benjamin Franklin...
Kafka, que disse, "gosto dos americanos porque são sadios e otimistas".


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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Da Série: Cadê a Anatel? Episódio de Hoje: União, Ministérios Públicos e Procons propôem ação coletiva contra OI e Claro

A Resolução que criou o Regulamento do Serviço Móvel Pessoal (SMP), editada e publicada pela Anatel em 7 de agosto de 2007, fixou, antes mesmo do Decreto do SAC (em vigor desde de 1º de dezembro de 2008) , regras para o atendimento do consumidor através dos mal afamados call centers.

Dentre as obrigações que as operadoras de celular deveriam atender para estarem de acordo com os contratos de autorização estão: o fornecimento de protocolos para reclamações, pedidos de cancelamento, etc.; a manutenção das gravações dos atendimentos pelo período mínimo de 6 meses; a rescisão do contrato em até 12 horas após a solicitação; solução da reclamação do consumidor em até cinco dias; o encaminhamento do nº do protocolo, por SMS, ao celular do usuário em até 24 horas após o registro; a criação de setores de atendimento pessoal e facilitação do atendimento pessoal ao usuário; etc..

Ou seja, as mesmas regras (e outras mais) - que motivaram Ministério Público, Procons de 24 Estados e a União (por intermédio do Ministério da Justiça, Ministro Tarso Genro) a se unirem e proporem uma ação coletiva com pedido de indenização de 300 milhões de reais contra cada uma das operadoras OI / Brasil Telecom e Claro, rés na ação em decorrência do desrespeito, descaso, descumprimento das mínimas regras fixadas no Decreto dos SAC - já existiam pelo menos um ano antes do início de vigência do decreto presidencial.

O desrespeito, descaso, descumprimento das regras fixadas no Regulamento do SMP, corresponde, segundo a Resolução, ao descumprimento do Plano Geral de Metas e Qualidade do SMP (PGMQ-SMP), e, portanto, conforme os modelos dos contratos de autorização firmados pelas operadoras com a União, sucetíveis às sanções lá fixadas.

As punições fixadas pela Anatel abrangem desde a aplicação de multas milionárias até a rescisão unilateral dos contratos de autorização firmados com as operadoras.

Ante esses fatos, desconhecidos da imensa maioria do público leigo (por certo, todos usuários do SMP), cheguei às mesmas indagações e conclusões que vocês, leitores, com certeza também chegaram:

Será que a Anatel, com o exemplo das instituição acima mencionadas, não se dará ao trabalho de avaliar a possibilidade de, finalmente, fiscalizar e punir as operadoras recalcitrantes - tal e qual entendo ser suas primordiais funções?

Será que o Ministério da Justiça (principalmente) não avaliou, além da propositura da demanda, a possibilidade de exigir da Anatel (sim, exigir - por que não? Afinal, o MJ não representa os interesses da União?) a abertura de PADOs (procedimentos administrativos) e, também, o rápido processamento e conclusão desses procedimentos - ao contrário do que é praxe da Anatel: a abertura de PADOs que se prolongam infinitamente até a perda do objeto da punição?

Seria mais uma forma, além da ação proposta, muito conveniente e justa (por sinal), de obter, enfim, a atenção das operadoras ao fato de que a lei é para todos.

E uma última pergunta (juro, para finalizar), algúem realmente acredita que nossos ilustres magistrados (especialmente as pretensas estrelas togadas do STJ e do STF) vão permitir uma condenação na monta pretendida contra as queridinhas do judiciário (lembrem-se da baianada do STJ na pacificação das demandas societárias da Brasil Telecom)?

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terça-feira, 28 de julho de 2009

O verdadeiro fim da Turma da Mônica

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Pescar Truta na América - Um Livro de Richard Brautigan (PARTE 1 - apresentação e capa)

Um escritor cujos textos procuro cativar (lembrei da raposa ao pequeno principe: "
A gente só conhece bem as coisas que cativou (...) Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas") é o Richard Brautigan.

Nunca li nada parecido. Nunca. Nada.

Algo aparentemente nonsense, algo aparentemente romanesco e, por incrível que pareça, sempre verdadeiramente atual e realista. Com um toque de cuppies, tipicamente, norte americano, expressando sentimentos, por vezes amorosos, porém nada piegas, verdadeiros e universais.

Brautigan sempre escreve sobre alguma coisa. É sempre só um aparente nonsense. Alguma coisa sempre está escondida esperando por um leitor sensível e atento.

Ganhei muito, infinitamente, muito mais do que os R$ 25,00 (meu almoço e minha condução - é, fui à pé pra casa... e com fome) que desembolsei, quando comprei a única edição do Pescar Truta na América que encontrei nas prateleiras do sebo Livro Lido, da Travessa Jesuíno Marcondes.

A edição em inglês desse livro, perdi para um amigo que, felizmente (tenho certeza), ganhou mais de mim do que minha amizade. Mas ainda mantenho (ainda que colada, remendada e rejuntada) a boa tradução do José J. Veiga - que desencavei da pequena livraria que agora nem existe mais.

Na contra capa dessa minha primeira edição, o José J. Veiga, tentou (à sua bela maneira) traduzir o, para mim, intraduzível escritor Brautigan: "O texto de Brautigan é sempre novo, sempre inventivo, sempre original - e sempre sobre alguma coisa. É sobre tudo o que toca o ser humano neste mundo estapafúrdio e ao mesmo tempo fascinante.".

Enfim, encerrada a apresentação, à partir desta postagem transcreverei integralmente o "Pescar Truta na América", para o deleite de todos aqueles que esperam muito mais desse mundo, tão estapafúrdio e tão fascinante. Enjoy:



Richard Brautigan
PESCAR TRUTA NA AMÉRICA
Tradução de José J. Veiga
Originalmente: Trout Fishing in America
Primeira publicação em 1967




Há seduções que
deveriam estar
num Museu de História da Ciência,
bem ao lado do
The Spirit os St. Louis,
o avião de Lindbergh.

Para Jack Spicer e Ron Loewinsohn

* nota de Almapto Anicor: Jack Spicer e Ron Loewinsohn, ativos poetas da cena literária de São Francisco - principalmente, no final da década de 60 (auge do flower power).
O primeiro, amigo, crítico, editor, consultor e revisor de "Trout Fishing in America", o segundo, conforme suas próprias palavras, mereceu a dedicatória somente em razão da amizade que mantinha com Brautigan.

Consulte também:
http://www.kerouacalley.com/brautigan.html - site a respeito da geração beat, apresenta alguns poemas de Brautigan
http://www.unwritten.org.uk/about.html - Nem vou explicar, mas garanto: é um EXCELENTE site!
https://staging.airflowsciences.com/rkn/Brautigan/ - imagens das primeiras edições de Brautigan

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sábado, 25 de julho de 2009

Da Série: Cadê a Anatel? Episódio de Hoje: Net Virtua, a enganação russa.

Para quem (como eu, infelizmente) assitiu as propagandas, ligou e contratou a banda larga da Net, só tenho a dizer, sinto muito.

Não adianta chorar, não adianta espernear, não adianta rezar, implorar ou reclamar aos deuses (no caso os agentes federais da Anatel), sua conexão vai ser limitada, vai ser monitorada, vai ser podada!

É... sua conexão não vai ser estável, sua conexão não vai ser integral, a velocidade que você contratou... esqueça.

Mas, tenho uma perguntinha, alguém foi avisado sobre traffic shapping ou franquia de consumo quando contrataram o serviço? Alguém viu nas propagandas algum aviso, mesmo em letras miúdas?

Pois é... também não vi letras miúdas e o consultor não avisou, na realidade, ele só repetia e repetia: saia da Sibéria, venha para net já... saia da Sibéria, venha para net já... saia da Sibéria, venha para net já...

E skavurska pra nós, otários, que caímos nessa.

E olha que eu não contratei o serviço pelo telefone, não. Contratei através do consultor do meu condomínio, o Ivoney, que veio na minha casa, bebeu do meu café e nunca entregou meu contrato.

Pior, instalou o serviço sem a minha autorização. Eu esperava o contrato, e lá já estava o técnico, modem e conversor na mão, instalando o serviço e olhando as pernas da minha esposa (o filho da p*ta)...

E o contrato? Bem, o contrato você baixa na internet... quando ela funcionar!

Agora descobri o porquê do nome VIRTUA: virtualmente contratei uma banda larga, virtualmente tenho conexão rápida, virtualmente recebi meu contrato, virtualmente fui informado sobre suas características, virtualmente saí da Sibéria, virtualmente, virtualmente, virtualmente...

Ah... Fala sério!

É como disse o Érico Andrei em seu blog:
"Cá entre nós o que eu poderia esperar de uma empresa mexicana, que contrata um faminto general soviético como peça de marketing e que tem um produto com o sugestivo, e quase piada pronta, nome de VIRTUA... Fala sério, é demais. Enquanto isto peço para os amigos que sofrem, gravarem House, 4400 e Heroes para mim, pois de resto a NET se assemelha mais a uma practical joke do que a uma empresa de telecom..."

E a Anatel?
A Anatel não viu, não ouviu, nada fez, nada faz.

Nada! Niente! Niet! Nein!

E olha que é ela a agência fiscalizadora... hehe, boa piada.

Mas, você pode perguntar: e o Código do Consumidor? as Resoluções? a Lei Geral de Telecomunicações? Tão aí pra te proteger, pra garantir seus direitos.

Mas no caso da internet a coisa não funciona tão bem?

Vai tentar resolver a situação nos Juizados Especiais, sem contratar um advogado e gastar os tubos com custas de esrivão, perícia, etc., vais esbarrar numa limitação, meu irmão: os juizados não fazem perícia e tua ação vai ser julgada extinta por falta de competência!

Ou seja, brigar em juízo vai custar, invariavel e obrigatoriamente, muito caro.

Mas você ainda pode ter mais uma perguntinha maliciosa: e para a Net? também vai custar caro? Não vai?

Pequeno gafanhoto, não seja ingênuo... A Net é uma multinacional, com milhares de ações ajuizadas contra ela, a tua vai ser só mais uma.

Mas você pode ter ainda outra perguntinha: eu vou ganhar uma indenização. Não vou?

Pequeno gafanhoto, não seja ingênuo... Indenização por quê? Eles te destrataram? Eles te incluíram no Serasa? Mandaram você praquele lugar?

Não?

Provavelmente quem mandou um atendente do 10621 tomar no c* foi você, não foi?

Pois é, a maior probabilidade é de que não tenha indenização nenhuma.

Nada, nadie, nothing. Mas no final da ação, com certeza você vai ouvir: skavurska, pequeno gafanhoto, você ganhou... Mas não levou!

E existe solução? Ah... existe sim, UNIÃO!

Nós, torturados usuários desse servicinho de m*rda, devemos nos unir e reclamar, reclamar e reclamar.

Reclamar a Anatel, reclamar ao Ministério Público Federal. Reclamar em juízo também funciona, mas a melhor saída é a reclamação coletiva, mais barata, mais eficiente...

Quem sabe, a massa mobilizada sensibilize os bolsos da Embratel / Net Virtua!

Devemos participar nossos problemas, assinar abaixo assinados, coletar provas, guardar as gravações de nossas reclamações, fazer prints das falhas de estabilidade, das falhas de velocidade, etc.

Bem, e depois...

Depois veremos...

Links relacionados:

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sidarta - Hermann Hesse


Esqueçam "O Segredo".












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Os Nus e os Mortos - Norman Mailer


Imperdível!









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Sobre o tempo e a vida

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

"O mais feroz dos animais domésticos é o relógio de parede: conheço um que já devorou três gerações da minha família"
Mario Quintana

"Etermo é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força consegue destruir"
Carlos Drummond de Andrade

"O que se leva desta vida é a vida que a gente leva"
Aparício Torelly - Barão de Itararé

"Quem mata o tempo não é assassino: é suicida"
Millôr Fernandes

"Eu pretendo viver para sempre, ou morrer tentando"
Groucho Marx

E para finalizar, a filósofa da comédia, Dercy:

"Saber viver é não ter saudade de nada nem de ninguém, não ter ódio, não ter amor, nunca ter se apaixonado. Saber viver é ser livre."
Dercy Gonçalves

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Escuta Zé Ninguém - Wilhelm Heich


Merece ser lido.
Várias vezes.

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Esta Velha - por Alvaro de Campos

Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer —
Júpiter, Jeová, a Humanidade —
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?

Estala, coração de vidro pintado!

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Quem Espera - por Almapto Anicor

Tenho dó de quem espera
Sentado
Deitado
Prostrado

O mundo passa pela janela
A porta fechada
Nunca é aberta

O vento nem pensa
Passa ao longe
Chiando a preguiça alheia

E o tempo passa para quem espera
Sentado ou deitado
Verdadeiramente prostrado

A luz não chega
A escuridão não acolhe
A vida escorre
Pelas mãos
Pelos dedos

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Escrever e Criar - por Almapto Anicor

Quando penso em escrever
E acertar no meu criar
É um frio na barriga
Um medo de errar


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Estou Cansado - por Alvaro de Campos

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

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Um plá com Drummond.


E vai longe...

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

E cadê a Anatel

Notícia velha, de 2008, mas não resisti.
Resta a indagação: A Anatel fez alguma coisa?

"17/05/2008 - 13h25

Teste revela problemas em banda larga da Telefônica, Net e TVA


SIMONE CUNHA
Colaboração para a Folha de S.Paulo

A banda larga, internet rápida, pode não ser tão veloz e estável quanto o esperado e prometido ao consumidor, segundo teste feito pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Velocidade abaixo da contratada, instabilidade na conexão e instalação fora do prazo foram os principais problemas dos serviços da Net (Vírtua), Telefônica (Speedy) e TVA (Ajato).

A banda larga das três foi analisada pelo Idec com a ajuda do Núcleo de Informação e Coordenação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (NIC.br/CGI.br) por meio da contratação dos serviços de cada empresa em duas residências para avaliar o tempo de atendimento na contratação e no cancelamento, instalação na data programada, velocidade e estabilidade de conexão.

Apesar de não ter valor estatístico --foram seis locais--, o teste mostra desrespeito aos direitos do consumidor, diz o advogado-consultor do Idec, Luiz Fernando Moncau. "É mais indício do que fato, mas não foi preciso testar nem dez para encontrar problemas."

As dificuldades começaram na instalação: uma das conexões da Telefônica nem entrou no teste porque os equipamentos chegaram dois meses após a solicitação em um dos locais. Instalar o serviço no dia marcado também foi uma dificuldade para as outras duas empresas.

A contratação do serviço demorou até 36 minutos (Telefônica) e foram pedidas informações que o Idec considerou invasão à privacidade do consumidor, como dados eleitorais.

Outro problema em relação ao atendimento foi a ausência de telefones gratuitos ao consumidor para contatar a TVA, o que é obrigatório, segundo resolução da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A conexão também apresentou problemas. O principal na Net foi a velocidade abaixo de 40% da contratada "principalmente entre meio-dia e meia-noite". No contrato, a empresa avisa ao consumidor que garante a entrega de 10%, no mínimo.

As três empresas têm cláusulas restritivas de velocidade, mas o Código de Defesa do Consumidor (artigo 51) diz que elas não têm validade. Além disso, diz Moncau, a velocidade garantida é muito abaixo da prometida pela operadora.

A Anatel, por meio da assessoria de imprensa, defendeu a redução: "A empresa está vendendo a garantia mínima, não há possibilidade de entrega do máximo em tempo integral".

O teste também verificou instabilidade na conexão (a do Speedy funcionou em 60,5% dos testes) e venda casada, proibida pelo direito do consumidor. Telefônica e Net obrigaram o cliente a comprar outros serviços com a banda larga (linha telefônica e TV a cabo, respectivamente). Também não houve entrega dos contratos."

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Pois é...

Sem comentários

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Carta encaminhada a Anatel - Uma Novela

Prezados,

Somos usuários dos serviços de internet e tv por assinatura prestado pela operadora Embratel / Net Virtua, serviços contratados em nome de minha esposa. Nunca solicitamos ou contratamos o STFC desta operadora.

Em xxxx do corrente ano, todavia, recebemos fatura com a cobrança adicional do valor de R$ XX,XX referente a "NET FONE VIA EMBRATEL". Importante mencionar que, desde o início da contratação dos serviços de TV por assinatura e internet, nunca havíamos recebido nenhuma cobrança com esta referência.

Confusos e evidentemente insatisfeitos, entramos em contato com o serviço de atendimento ao consumidor dessa empresa (10621), em XX de xxxxx às XX:XX hs, e registramos reclamação, que recebeu o protocolo XXXXXXXXXXXXX (atendente Rosane), através da qual solicitamos a imediata retirada da cobrança. Veja-se que as explicações passadas pela atendente para a realização da cobrança foram uma verdadeira obra de engenharia mental, isto é, que teria ocorrido a alteração do plano, de forma unilateral, pela própria prestadora do serviço. Evidentemente, tal justificativa não nos convenceu.
De todo modo, a reclamação fora registrada e a única solução que se nos parecia legítima e justa correspondia à retirada do serviço e, cosequentemente, da cobrança realizada - uma vez que, conforme a própria atendente informou, não exisitia sequer registro de utilização do STFC em seus sistemas.
Contudo, ao contrário do bom senso, a preposta da empresa recusou-se a acreditar nas informações que passamos e sequer confiou nos registros existentes em seus sistemas operacionais, quais sejam, de que nunca haviamos solicitado, contratado ou sequer utilizado o STFC cuja cobrança foi objeto da reclamação. Insistiu, isso sim, em agendar uma "visita" de um técnico da empresa para, conforme suas palavras, confirmar a inexistência do ponto de rede interno. Marcou a "visita" para o dia XX de xxxx, um sábado, no "primeiro horário da tarde".
Não obstante a profunda indignação que causou essa verdadeira suspeita e, diga-se, velada acusação de fraude por parte da representante da Embratel, aceitamos a imposição e aguardamos a invasão de nossa residência e privacidade pelo técnico da empresa.

Ato contínuo de nossa reclamação realizada à operadora Embratel, registramos protocolo referente à cobrança indevida junto a Anatel, às XX:XX hs, do mesmo dia XX de xxxx: protocolo nº XXXXXXXXX, atendente Carla.

No dia XX de xxxxx, às XX:XX hs, para nossa surpresa, entrou em contato conosco (através do celular de minha esposa) uma atendente da Embratel que se identificou como Flávia (protocolo XXXXXXXX, informando que seria impossível a retirada do serviço e que a cobrança seria mantida, mas que poderíamos solicitar o cancelamento da linha telefônica naquele momento. Após muita insistência e demonstrações veementes de indignação, a atendente, aparentemente, aceitou nossa reclamação (o que, posteriormente, se confirmou uma falácia) e registrou nosso pedido de cancelamento da linha telefônica (que sequer sabíamos o código de acesso) e do valor que consideramos abusivo e nos orientou a não realizar o pagamento do valor questionado. Manteve a alegação de que seria necessário a realização de "visita" técnica que, confirmou, seria realizada no primeiro horário da tarde do sábado, dia XX/XX.

No sábado, aguardamos durante todo o dia a visita do técnico da Embratel que, contudo, (e já não deveria mais ser surpresa) não ocorreu. Desmarcamos compromissos, colocamo-nos à disposição, e o descaso foi a resposta à toda nossa preocupação.

Nesse ponto, nossa indignação estava no auge e uma vez que a Embratel já havia nos contatado no dia 1º de maio para tratar o assunto e, ainda mais, para evitar a monótona repetição de todos os fatos aos, possivelmente, diversos atendentes aos quais seríamos repassados, preferimos aguardar a resposta e as providencias anteriormente prometidas.
Contudo, no dia XX de maio seguinte, fomos surpreendidos no início da noite, de um momento para outro, com a completa suspensão dos serviços de tv por assinatura e de internet.
Entramos em contato com a operadora, protocolos nºs XXXXXXXXXXXX e XXXXXXXXXXX, esclarecemos os fatos e solicitamos a imediata reativação do serviço e, novamente, a expedição de nova fatura sem o valor contestado. De fato, por essa vez, fomos muito bem atendidos pelo preposto Paulo, que imediatamente reativou o serviço, informou que deveríamos realizar o pagamento da fatura contestada e que o valor contestado seria, provavelmente, devolvido na próxima fatura. Informou mais (e novamente), que efetivamente seria necessária a realização de visita técnica para a "constatação da inexistência do netfone" (ipsis literis) a qual agendou para o dia XX de xxxxx, no início da tarde.

No dia XX de xxxxx, realizamos o pagamento integral da fatura.

Surpreendentemente, contudo, no dia XX de xxxxx (um sábado), por volta do meio dia, recebemos nova ligação de uma preposta da Embratel, que se identificou como Ana (protocolo XXXXXXXXX), e, por incrível que pareça, estava voltando atrás no cancelamento da linha telefônica e da fatura, sob o fundamento de que a tal linha telefônica faria parte do combo contratado (fato este completamente inverídico, visto não existir uma sequer fatura anterior com cobrança semelhante, ou registro de utilização do serviço em nenhum momento).
A indignação foi completa, resolvemos não mais apresentar novas reclamações e, enfim, preparar uma demanda judicial contra a Embratel. Solicitamos o encaminhamento das cópias das gravações de todos os protocolos retro mencionados, mas, como já deveria ser esperado, a ré não encaminhou nenhumas das gravações que supostamente teria feito e nem entrou mais em contato conosco.

Todavia, no dia XX de xxxxxxx, tal qual informado pelo atendente Paulo no dia XX de xxxxxx, porém no final da tarde, compareceu a nossa residência um técnico da ré de nome Juliano Vieira, para, o que a princípio, seria a constatação da inexistência do netfone, e que, ao final, mostrou-se ser para, não só tal constatação, mas, também, para a retirada do aparelho de modem utilizado para o acesso ao serviço de internet e que, segundo o técnico, daria acesso ao tal netfone cujo código de acesso sequer conhecíamos.

E o técnico Juliano nos informou mais. Ao ser questionado a respeito de quando nos seria disponibilizado o aparelho digital para o serviço de tv por assinatura (supostamente disponibilizado a todos os assinantes), uma vez que desde o início da contratação nos fora colocado à disposição somente aparelho dos mais antigos e que não garante a qualidade digital tão divulgada pela Embratel /Net Virtua em suas propagandas (e garantido pelo vendedor Ivoney, representante comercial que consultamos para a contratação), informou que tal evento nunca aconteceria, pois não tínhamos contratado os serviços mais caros da empresa, mas o serviço standart. Ou seja, face nosso aparente baixo consumo, não somos merecedores de tratamento isonômico.

Ao final da visita, o técnico Juliano nos confirmou que a empresa, afinal, decidiu-se por não “insistir” na cobrança do netfone e que, possivelmente na fatura de julho seguinte, receberíamos a devolução dos valores que foram cobrados indevidamente na fatura de maio.

Não é esse, contudo, o fim do imbróglio. Novamente, na fatura de junho, recebemos cobrança sob o título netfone e, ainda mais, cobrança de encargos (juros e multa) em decorrência do atraso na fatura de maio (atraso este que somente foi praticado em decorrência da instrução passada pelos atendentes da própria operadora).

E mais, na fatura com vencimento em xxxxx seguinte, enfim, veio a informação de cancelamento do tal netfone, mas não como contestação analisada e procedente, mas como mero pedido de cancelamento (o que, de fato, nunca ocorreu, mas, sim, uma denúncia de instalação não solicitada).

Também houve a devolução do valor de R$ XX,XX correspondente à primeira cobrança irregular, mas não da forma determinada na Resolução 426/05, art. 98, ou seja, em dobro, mas de forma simples e, ainda mais, com a cobrança novamente de um valor residual (R$ XX,XX) sob o título de netfone /complemento de franquia.

Essa foi a gota d’água.

No dia XX de xxxxxxx, após uma série de interrupções no serviço de internet durante a manhã e todo o período da tarde deste dia, que tornaram praticamente impossível ao ora signatário realizar as pesquisas necessárias para o exercício de seu labor diário de advogado, registraram nova reclamação perante o Serviço de Atendimento ao Cliente da operadora em questão (protocolo nº XXXXXXXXXXXX) solicitando a devolução de todos os valores cobrados indevidamente e em dobro (tal qual determina a Resolução da Anatel); novamente, o encaminhamento de todas as gravações dos protocolos retro mencionados (inclusive deste novo protocolo); e a disponibilização do aparelho digital que deveria ser distribuído isonomicamente aos clientes (trata-se do comodato de um aparelho e não de uma doação).

A respeito do serviço de internet contratado, perceberam, o signatário e sua esposa, que após o início do imbróglio, passou o serviço a ser inconstante nos períodos matutinos e vespertinos, somente firmando a conexão no período noturno, principalmente, após às 22 horas.

O descaso da operadora é patente e o desrespeito às mínimas normas lavradas pela Anatel é evidente.


E questiona-se mais, não seria a prática denominada “combo” uma verdadeira expressão da malfadada venda casada, prática veementemente condenada no Código de Defesa do Consumidor e nas diversas Resoluções, Portarias, Atos e etc. emanados da própria Anatel.

Evidente que sim.

E tanto o é que a justificativa apresentada pelos prepostos da Embratel para a inclusão da cobrança e sua manutenção seria a existência desse suposto combo, mesmo sendo o ora signatário e sua esposa usuários do STFC disponibilizado pela Oi, antiga Brasil Telecom, muito antes da instalação dos serviços ora comentados (telefone XX XXXX-XXXX).

Portanto, sendo esta a agência a responsável pela fiscalização e punição dos atos ilegais cometidos pelas prestadoras dos serviços de telecomunicação (dentre eles, inclusive, tv por assinatura, internet e STFC) evidente que se espera uma atitude condizente às funções que foram fixadas pelo legislador na Lei Geral de Telecomunicações e mais, na própria Constituição Federal. Ou seja, a averiguação dos fatos denunciados cominando na exemplar punição tal qual determinado pela legislação e nos contratos de concessão e/ou autorização firmados com a empresa em questão.

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Anatel - Dê o exemplo! (parte 1... de muitas que virão)

Algumas perguntas inconvenientes.

1- O Decreto do SAC determina aos fornecedores de serviço a manutenção ininterrupta do SAC, 24 horas por dia. Não deveria a Anatel dar o exemplo às operadoras?

2- A respeito do atendimento 24 horas, o descompromisso da Tim e da Claro, por exemplo, é impressionante: tentem contatar o 0800 dessa empresa após às 22 horas, a tática é a mais simples, colocam o consumidor na espera até que este desista do contato. A Anatel é a agência fiscalizadora, questionada sobre o assunto não apresenta resposta? Não seria o caso de serem aplicadas as punições constantes nos contratos de concessão e autorização?

3- O art. 4º desse decreto determina que o SAC de todas as operadoras deverá apresentar em todos os menus a opção de contatar o atendimento pessoal. A Claro, por exemplo, não atende essa regra. Novamente, não seria o caso de serem aplicadas as punições constantes nos contratos de concessão e autorização?

4- Ainda sobre o Decreto do SAC, é regra que os fornecedores de serviço não encerrarão as ligações antes de terminada a reclamação do consumidor. Anatel, teste o serviço da Tim, da Claro, da Oi, da NET, etc.. Não deveria ser a Anatel a primeira a fiscalizar (e não os consumidores) e punir as empresas de telefonia que descumprem essa regra?

5- A venda da BRT para a OI foi precedida de um acordo homologado pela Anatel que previa a manutenção de todos os funcionários da BRT. Até hoje foram centenas de funcionários demitidos e a OI anunciou publicamente que chegará ao milhar. A Anatel vai continuar se omitindo? As multas fixadas nos contratos de concessão são para "inglês ver"?

6- Todo mundo já viu as propagandas da Embratel /Net Virtua de seus "combos" (e quem não viu, ainda está na Sibéria...). Existem diversas decisões judiciais que condenam essas malfadadas
(e malfaladas) "combinações" por caracterizarem verdadeira VENDA CASADA (
http://www.endividado.com.br/materias_det.php?id=19598). Será que a Anatel não vai coibir essa prática, não vai cumprir suas principais funções: fiscalizar, regulamentar e punir?

Afinal, para que serve a Anatel?


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Cinzas e Azuis

Cinzas.
Somos cinzas.
Cinzas perdidas.
Perdidas em azuis...
(reverberantes azuis)
Ecoados em nós
Cinzas e Azuis.
Espalhados em mares.
Cheias ou vazantes
Enchentes cinzas.
Chatos azuis

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Pernas

Tuas pernas passam.
Gozo.
De mim para mim,
Desejo tê-las.

Sua mão gesticula
A boca treme (fala?)
Nada escuto, nada vejo.
Sinto, sinto, sinto...

Sua mão na minha nuca
Quase desmaio.
Que impacto!

Olhos azuis...
Chorosos.
Cabelos curtos...
Quero tuas pernas.

Sua amizade
É minha tristeza.
Quero muito mais...
Sinto, sinto, sinto...

Quero tuas pernas.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vivo

Preciso de alguém para conversar
Que me ressucite...
Preciso...
Definitivamente...

Não sei o que é isso
Descarto a possibilidade?
Nem pensar.

Meu tempo é confuso.
Escasso,
Descabido.
Deveria estar vivo...

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Surreal

Eu não sei mais o que pensar de mim, das pessoas, do mundo.

Acabei de assistir Tiros em Columbine e chorei, chorei e chorei... Não sei por que. Não sei…

Nesses dias um dos temas de noticiário é a invasão da faixa de Gaza pelos israelenses. Também choro e choro quando escuto que 500, 600, 700 palestinos morreram em vendeta ao “terror” palestino – os mísseis caseiros que mataram quatro desavisados judeus, afinal, esses mísseis não tem vetor, nem poder suficiente para se equiparar às bombas inteligentes com inspiração norte-americana.

Deus me explique por que. Por que eu não entendo.

No sábado, fui atender um preso, cliente do meu colega de escritório. Deus, eu falei com ele, por um buraco na porta de aço, pela tranca, pela grade.

As pichações estavam lá, o HIV também, os olhos vermelhos, a cara negra (afro descendente), a tristeza, o medo, a sujeira, o fedor.

Esse “mais um”, esse preto, pobre, drogado e aidético, foi preso com 40 gramas de cocaína e algumas pedras de crack. Definitivamente, a culpa é dele. Ele vai morrer, ele sabe disso, mas quer morrer entorpecido.

A CULPA É DELE?

Notícia de agora: os israelenses acertaram uma escola da ONU e mataram quarenta civis.

600 palestinos mortos e do outro lado10 judeus, e tudo isso “porque os israelenses cuidam de suas crianças e os palestinos não”. Palavras de Shimom Perez, o primeiro ministro de Israel. Juro.

Será que existe justificativa para Columbine, para Gaza, para o Fulano que quer morrer drogado?

Eu não sei. Eu não sei.

É a época da dúvida, insegurança, baixa estima, tristeza, depressão…

Quem pode, não fala nada, não faz nada.

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