Tenho dó de quem espera
Sentado
Deitado
Prostrado
O mundo passa pela janela
A porta fechada
Nunca é aberta
O vento nem pensa
Passa ao longe
Chiando a preguiça alheia
E o tempo passa para quem espera
Sentado ou deitado
Verdadeiramente prostrado
A luz não chega
A escuridão não acolhe
A vida escorre
Pelas mãos
Pelos dedos